Umbanda

http://img.comunidades.net/bac/bacurigazetapopular/sunp0007a.jpg

Pai de santo, padrinho de umbanda ou chefe de terreiro são termos usados em várias das religiões afro-brasileiras para designar a pessoa responsável ou autoridade máxima de um terreiro ou tenda de Umbanda. Na região da Baixada Maranhese, São conhecidos como Pajé, Tal vez pela influência forte da Cultura Indigina na região.

O Babalorixá no Candomblé é chamado de zelador de santo, e muitas vezes de pai-de-santo também.

A diferença entre o padrinho de umbanda e o babalorixá, é que o primeiro não passa pelos ritos de passagem a que são submetidos os babalorixás durante sua iniciação. O padrinho de umbanda não tem sua cabeça raspada.

Na Umbanda do Rio Grande do Sul é comum o chefe de terreiro ser chamado também de cacique.

Umbanda é uma religião heterodoxa brasileira, cuja evolução do polissincretismo religioso existente no Brasil foi resultado de motivações diversas, inclusive de ordem social, que originaram um culto à feição e moda do país.

O vocábulo é oriundo da língua quimbundo, de Angola, e significa arte de curar, segundo a Gramática de Kimbundo, do Professor José L. Quintão, citada na obra O que é a Umbanda, de Armando Cavalcanti Bandeira, editora Eco, 1970 . Já os autores de vertente esotérica fazem alusão ao sânscrito a partir da junção dos termos Aum e Bandha, o elo de ligação entre os planos divino e terreno. A palavra mântrica Aumbandhan teria sido passada de boca a ouvido e chegado até nós como A Umbanda.

O sincretismo religioso no Brasil, ou seja, a mistura de concepções, fundamentos, preceitos, ritualísticas e divindades se processou num quádruplo aspecto: negro, índio, católico e espírita porque outros foram menos dominantes ou de modo superficial e restrito a certas áreas.

O marco inicial surge com a escravatura do índio feita pelos primeiros colonizadores no Brasil. Entretanto, o aborígene pelas suas características de raça, de elemento da terra, conhecedor das matas, espírito guerreiro exaltado, sem qualquer organização com um rudimento de estrutura social, tendo a liberdade como apanágio de toda sua vida, não aceitou o jugo da escravidão. Tinha, contudo, uma crença no espírito e suas religiões. A influência do índio contribuiu para a formação da Umbanda fornecendo elementos da sua mitologia e cultivos, tais quais, a Pajelança, o Toré, o Catimbó, entre outros. Ademais, o caboclo, ancestral do índio que incorporava em suas manifestações, foi consolidado na prática umbandista

O colonizador, portanto, foi buscar nas terras africanas o elemento negro, o qual oferecia condições mais favoráveis para os misteres da lavoura, já conhecidos nas regiões de origem. Desse modo, houve um circuito branco-índio-negro que contribuiu sobremaneira para o complexo da formação brasileira, nele ressalvando, como uma constante a religiosidade em vários aspectos. Na época das senzalas, os negros escravos costumavam incorporar o que se conhece hoje como pretos-velhos, antigos escravos, que ao se manifestarem, compartilhavam conselhos e consolo aos escravos.

O sincretismo católico, produto da simbiose dos cultos de escravo e escravocratas no Brasil, chegou a tal ponto que se cultiva um orixá com nome e imagem do santo católico, não se podendo diferenciar em certas exteriorizações onde começa um onde termina o outro. São flagrantes os casos de São Jorge, Ogum, Nosso Senhor do Bonfim, Oxalá, São Cosme e São Damião, Ibeji, e Santa Bárbara, Iansã. Não raro, muitos chefes de terreiro mandam rezar missas e se declaram também católicos, além de haver um grande número de praticantes que frequentam as duas religiões. Houve, portanto, uma consolidação do santo católico, admitido já sob o aspecto de espírito superior, de guia-chefe ou como orixá, enquanto os candomblés procuraram mais se distanciar do sincretismo e não aceitar as imagens.

O primeiro relato histórico, segundo Cavalcanti Bandeira, cabe a Nina Rodrigues, falecido em 1906, quando já estava quase pronta a impressão do seu livro Os africanos no Brasil, referente aos estudos feitos entre 1890 e 1905, nos quais consta a descrição de um ritual praticado na Bahia, o mais semelhante da Umbanda atual, que é o seguinte:

Entre os casos que poderíamos citar, tomamos por sua importância à pastoral de um Prelado Brasileiro ilustre a descrição eloquentíssima do Cabula, por ele estudada, que mais não é do que uma instituição religiosa africana sob vestes católicas.

 

ENGLISH TEXT

Holy father, godfather of Umbanda or head of the yard are several terms used in the african-Brazilian religions to designate the person responsible or the highest authority of a yard or tent Umbanda. In Baixada Maranhese, are known as Shaman, Such as the strong influence of Culture Indigina in the region. The godfather in Candomblé is called caretaker saint, and often a father-of-saint too. The difference between the godfather of Umbanda and babalorixá, is that the former does not undergo the rites of passage that are subjected babalorixás during his initiation. The godfather of Umbanda has his head shaved. Umbanda in Rio Grande do Sul is the chief common yard also be called chief. Umbanda is a religion heterodox Brazilian, whose evolution polissincretismo existing religious in Brazil was the result of several reasons, including social order that created a cult feature and fashion of the country. The word is derived from the language quimbundo, Angola, and means the art of healing, according to Grammar Kimbundo, Professor Joseph L. Quintão, quoted in the book What is Umbanda, Armando Cavalcanti Flag, Eco publisher, 1970. Already the authors allude to shed esoteric Sanskrit from the junction of the terms and Aum Bandha, the link between the divine and earthly plans. The word mantra Aumbandhan would have been passed on from mouth to ear and come to us as Umbanda. Religious syncretism in Brazil, ie the mixture of concepts, fundamentals, principles, and ritualistic deities sued a fourfold aspect: black, Indian, Catholic and spiritualist because others were less dominant or so superficial and restricted to certain areas. The milestone comes with the slavery of Indians made by the early settlers in Brazil. However, the characteristics of the Aboriginal race, element of earth, knower of the woods, warrior spirit exalted, without any organization with a rudimentary social structure, and freedom as the hallmark of his life, did not accept the yoke of slavery. He had, however, a belief in spirits and their religions. The influence of indium contributed to the formation of Umbanda providing elements of their mythology and crops, as such, the Pajelança the Toré the Catimbó, among others. Moreover, the Indian, the Indian ancestor that incorporated in its manifestations, was consolidated in practice Umbanda The colonizer therefore fetched in the element black African lands, which offered more favorable conditions for the crop The trades, known in regions of origin. Thus, there was a circuit-Indian white-black which contributed greatly to the complex formation of Brazilian excepting it as a constant religiosity in several respects. At the time of the slave quarters, the black slaves used to incorporate what is known today as black-old, former slaves, to the manifest, sharing advice and comfort to slaves. The Catholic syncretism, product symbiosis of worship slave and slave in Brazil, has reached such a point that one cultivates a deity with name and image of the Catholic saint, not being able to differentiate into certain exteriorizations where one begins where the other ends. Are egregious cases of São Jorge, Ogun, Our Lord of Bonfim, Hopefully, Saints Cosmas and Damian, Ibeji, and Santa Barbara, Iansã. Often, many heads of yard pray send masses and declare themselves Catholics too, plus there is a large number of practitioners attending the two religions. Therefore, there was a consolidation of the Catholic saint, already admitted under the aspect superior spirit guide or as chief deity, while Candomblé sought to distance himself more of syncretism and not accept the images. The first historical account, according to Cavalcanti Flag, it's up to Nina Rodrigues, who died in 1906, when he was almost ready to print your book Africans in Brazil, referring to studies done between 1890 and 1905, which appears in the description of a ritual practiced in Bahia, such as Umbanda current, which is: Among the cases that we could mention, we took for its importance to the pastoral care of a renowned Brazilian prelate of the most eloquent description Cabula, which he studied, which is nothing more than a religious institution under garments African Catholic.