Princípios a filosofia...

 

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Indagação das Causas e dos Princípios Visto que esta ciência (a filosofia) é o objeto das nossas indagações, examinemos de que causas e de que princípios se ocupam a filosofia como ciência; questão que se tomará muito mais clara se examinarmos as diversas idéias que formamos do filósofo. Em primeiro lugar, concebemos o filósofo principalmente como conhecedor do conjunto das coisas, enquanto é possível, sem contudo  possuir a ciência de cada uma delas em particular. Em seguida, àquele que pode alcançar o conhecimento de coisas difíceis, aquelas a que só se chega vencendo graves dificuldades, não lhe chamará filósofo? De foto, conhecer pelos sentidos é uma faculdade comum a todos, e um conhecimento que se adquire sem esforço em nada tem de filosófico. Finalmente, o que tem as mais rigorosas noções das causas, e que melhor ensina estas noções, é mais filósofo do que todos os outros em todas as ciências. E, entre as ciências, aquela que se procura por si mesma, só pelo anseio do saber, é mais filosófica do que a que se estuda pelos seus resultados; assim como a que domina as mais é mais filosófica do que a que se encontra subordinada a qualquer outra. Não, o filósofo não deve receber leis, mas sim dá-las; nem é necessário que obedeça a outrem, mas deve obedecer-lhe o que seja menos filósofo.

(...) Pois bem: o filósofo que possuir perfeitamente a ciência do geral tem necessariamente a ciência de todas as coisas, porque um homem em tais circunstâncias sabe, de certo modo, tudo quanto está compreendido sob o geral. Todavia, pode dizer-se também que se toma muito difícil ao homem alçar-se aos conhecimentos mais gerais; as coisas que são seus objetos como que estão mais distantes do alcance dos sentidos.

(...) De tudo quanto dissemos sobre a própria ciência resulta a definição da filosofia que procuramos. É imprescindível que seja a ciência teórica dos primeiros princípios e das primeiras causas, porque uma das causas é o bem, a razão final. E que não é uma ciência prática, prova-o o exemplo dos que primeiramente filosofaram. O que, a princípio, levou os homens a fazerem as primeiras indagações filosóficas foi, como é hoje, a admiração. Entre os objetos que admiravam e que não podiam explicar, aplicaram-se primeiro aos que se encontravam ao seu alcance; depois, passo a passo, quiseram explicar os fenômenos mais importantes; por exemplo, as diversas fases da Lua, o trajeto do Sol e dos astros e, finalmente, a formação do universo. Ir à procura duma explicação e admirar-se é reconhecer que se ignora. (...) Portanto, se os primeiros filósofos filosofaram para se libertarem da ignorância, é evidente que se consagraram à ciência para saber, e não com vista à utilidade.

 Aristóteles Grécia Antiga -384 // -322 Filósofo/Cientista

English text

Quest for the Cause and the Principles Since this science (philosophy) is the object of our inquiries, that examine causes and principles that engage philosophy as science; issue that will become much clearer if we look at the various ideas we form the philosopher. First, we designed primarily as philosopher cognizant of all things, and it is possible, without having the science of each particular. Then the one who can attain the knowledge of difficult things, those which can only be reached overcoming serious difficulties, not call you a philosopher? Photo, know by the senses is a faculty common to all, and a knowledge that is acquired effortlessly in anything but philosophical. Finally, what has the strictest notions of the causes, and what better teach these concepts is more philosopher than all others in all sciences. And among the sciences, one that looks for herself only by the desire to know, is more philosophical than that which is studied by its results, as well as the most dominating is more philosophical than that is subordinate any other. No, the philosopher should not receive laws, but gives them, nor is it necessary to obey others, but you must obey what is less a philosopher.

(...) Well, the philosopher who possess perfectly the science is necessarily general science of all things, because a man in such circumstances knows, somehow, all that is comprehended under the general. However, it can be said that also becomes very difficult man to raise himself to more general knowledge, things that are their objects as they are farther from the reach of the senses.

(...) Of all that said about science itself follows the definition of philosophy that we seek. It is imperative that the theoretical science of the first principles and first causes, because a cause is good, the final reason. And that is not a practical science, it proves that the example of the first philosophized. What at first led men to make the first inquiries was philosophical as it is today, admiration. Among the objects they admired and could not explain, were applied first to those who were within reach, then step by step, wanted to explain the most important phenomena, eg the various phases of the Moon, the Sun and the path the stars and finally the formation of the universe. Go looking for an explanation and wonder if it is recognized that ignoring. (...) So if the first philosophers philosophized to free themselves from ignorance, it is clearly devoted to science to learn, not for the utility.

 Aristotle Ancient Greece -384 / / -322 Philosopher / Scientist