manifestação folclórica do bumba-meu-boi

 

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A manifestação folclórica do bumba-meu-boi do Maranhão e também da Baixada Maranhense, apresenta características de fantasias, personagens e estilos musicais que variam com as diversas regiões do Estado. Constitui elemento da cultura popular, que existe em quase todo o país e que assume no Maranhão características especiais de luxo e beleza, sendo realizada no período junino. Diversos tipos de máscaras são usadas na cultura popular maranhense. Entre elas se destaca a do Cazumba, um dos personagens presentes no bumba-meu-boi que se caracteriza pelo uso de máscara com formas variadas e por vestimenta especial também chamada de bata.

O personagem Cazumba é encontrado principalmente nos grupos de boi da Região da Baixada Maranhense, área de campos alagados em torno do Lago de Viana, aparecendo, sobretudo nos Municípios de Viana, Penalva, São Vicente, Cajapió, Matinha, São João Batista, São Bento, Pindaré, Bacuri e Apicum-Açu. O Cazumba se apresenta regularmente em alguns grupos de boi de São Luís, sobretudo no boi da Floresta de seu Apolônio Melônio e em outros. Atualmente este personagem tem bastante popularidade.

As máscaras não estão presentes exclusivamente no Cazumba do bumba-meu-boi. Há caretas em outras manifestações populares maranhenses, especialmente na brincadeira folclórica denominada de Reisado de careta, realizada para salvar os Santos Reis no período das festas natalinas da região em torno do Município de Caxias, no Centro Sul do Estado. As caretas aí são confeccionadas com pano, papel machê e carcaças de animais. No carnaval maranhense são também importantes as máscaras de fantasias do carnaval, entre as quais se destaca o fofão e as usadas em figuras hoje menos comuns como o urso, o diabo e outras. A máscara do fofão costuma ser feita normalmente de papel marche, com destaque para seu nariz que é bastante pontudo, assemelhando-se a um órgão fálico, mas usa-se também máscaras de borracha. Alguns grupos indígenas no Estado usam em determinados rituais máscaras confeccionadas, sobretudo com produtos vegetais.

Parece-nos importante refletir um pouco sobre o significado estético e simbólico e sobre origens da careta de Cazumba que hoje desperta atenção e interesse no bumba-meu-boi maranhense.

Um dos mais populares e espantosos entes fantásticos das matas brasileiras. O curupira é representado por um anão, cabeleira rubra, pés ao inverso, calcanhares para a frente. A mais antiga menção de seu nome fê-la o venerável José de Anchieta, em São Vicente, em 30 de maio de 1560: "É coisa sabida e pela boca de todos corre que há certos demônios e que os brasis chamam Curupira, que acometem aos índios muitas vezes no mato, dão-lhe açoites, machucam-nos e matam-nos. São testemunhos disso os nossos irmãos, que viram algumas vezes os mortos por eles. Por isso, costumam os índios deixar em certo caminho, que por ásperas brenhas vai ter ao interior das terras, no cume da mais alta montanha, quando por cá passam, penas de aves, abanadores, flechas e outras coisas semelhantes, como uma espécie de oferenda, rogando fervorosamente aos Curupiras que não lhes façam mal". Nenhum outro fantasma brasileiro colonial determinou oferenda propiciatória. Demônio da floresta, explicador dos rumores misteriosos, do desaparecimento de caçadores, do esquecimento de caminhos, de pavores súbitos, inexplicáveis, foi lentamente o Curupira recebendo atributos e formas físicas que pertenciam a outros entes ameaçadores e perdidos na antiguidade clássica. Sempre com os pés voltados para trás e de prodigiosa força física, engana caçadores e viajantes, fazendo-os perder o rumo certo, transviando-os dentro da floresta, com assobios e sinais falsos.

Do Maranhão para o sul até o Espírito Santo, o seu apelido constante é Caipora. Eduardo Galvão informa: "Currupira é um gênio da floresta. Na cidade ou nas capoeiras de sua vizinhança imediata não existem currupiras. Habitam mais para longe, muito dentro da mata. A gente da cidade acredita em sua existência, mas ela não é motivo de preocupação porque os currupiras não gostam de locais muito habitados. Gostam imensamente de fumo e de pinga. Seringueiros e roceiros deixam esses presentes nas trilhas que atravessam, de modo a agradá-los ou pelo menos distraí-los. Na mata, os gritos longos e estridentes dos Currupiras são muitas vezes ouvidos pelo caboclo. Também imitam a voz humana, num grito de chamada, para atrair vítimas. O inocente que ouve os gritos e não se apercebe que é um Currupira e dele se aproxima perde inteiramente a noção de rumo." O estado de São Paulo, pela lei de 11 de setembro de 1970, assinada pelo governador Roberto Costa de Abreu Sodré, "institui o Curupira como símbolo estadual do guardião das florestas e dos animais que nela vivem." No município de Olímpia, nesse estado, por mais trinta anos consecutivos não são assinados quaisquer documentos oficiais durante a semana em que ocorre o Festival de Folclore, no mês de agosto, período em que a autoridade municipal é representada pelo Curupira, que exerce o seu poder protegendo a população local e os visitantes que ali comparecem, pássaros, matas, etc. No Horto Florestal da capital paulista há um monumento ao Curupira, inaugurado no Dia da Árvore, 21 de setembro.o curupira tem cabelos vermelhos e gosta de cuidar da mata. ele e o protedor da mata.

Mãe-d’água”, é uma entidade do folclore brasileiro de uma beleza fascinante. Por ser uma sereia, enfeitiça os homens facilmente por ter a metade superior de seu corpo com formato de uma linda e sedutora mulher. Já a parte inferior do seu corpo em formato de peixe não é muito notada, por estar submersa em água. Assim não há quem resista a sua belíssima face e suas doces canções mágicas.

 

Seu poder é tão forte que basta convidar os homens para irem à sua direção que eles vão, acreditando vivenciar uma experiência incrível com a encantadora mulher. Porém, as intenções de Iara são malignas e fatais, e o que ela quer na verdade é atraí-los para a morte. São raros os que sobrevivem ao encantamento da sereia e caso retornam não conseguem ter uma vida normal por ficarem loucos. Somente um pajé ou uma benzedeira é capaz de curá-los definitivamente.

Diz a lenda que antes de se tornar uma sereia, Iara era uma belíssima índia trabalhadora e corajosa. Iara se destacava entre os demais, por ser a melhor, e consequentemente despertava a inveja de alguns da tribo, especialmente a de seus irmãos homens, que não se conformavam com tal situação. Seu pai era pajé e a admirava em tudo o que fazia contribuindo ainda mais para a revolta de seus irmãos. Tomados pela inveja e pelo ciúme, os irmãos de Iara decidiram matá-la.

Certa noite, quando Iara repousava em sua cama, ouviu seus irmãos entrando em sua cabana com a intenção de matá-la. Rápida e guerreira, se defendeu e acabou os matando. Percebendo a gravidade da situação e com medo da atitude de seu pai, Iara fugiu desesperadamente pelas matas. O pai de Iara realizou uma busca implacável pela filha. Localizaram-na, e como punição pelo seu ato, foi jogada no encontro do rio Negro com Solimões. Os peixes trouxeram o corpo de Iara à superfície que sob o reflexo da lua cheia transformou-se em uma linda sereia com cabelos longos e olhos verdes.

Desde então Iara permanece nas águas atraindo os homens de maneira irresistível e os matando. Acredita-se que em cada fase da lua, Iara aparece com escamas diferentes e adora deitar-se sobre bancos de areia nos rios para brincar com os peixes. Também de acordo com a lenda, é vista penteando seus longos cabelos com um pente de ouro, mirando-se no espelho das águas.

A lenda da Iara é conhecida em várias regiões brasileiras e existem diversos relatos de pescadores que contam histórias de jovens que cederam aos encantos da tentadora sereia e morreram afogados de paixão.

 

Text in English

 

The folkloric manifestation of the Bumba-meu-boi Maranhão and also the low lands, shows characteristics of costumes, characters and musical styles that vary with the different regions of the state. Is an element of popular culture, which exists in almost every country (Krab, 1988) and assumes Maranhão special features of luxury and beauty, being held in the period junino. Several types of masks are used in popular culture Maranhão. Among them stands out the Cazumba, one of the characters present in the Bumba-meu-boi is characterized by the use of mask with varied forms and particular dress also called knock. The character Cazumba is mainly found in groups of cattle in the region of low lands, area flooded fields around Viana Lake, appearing mainly in the municipalities of Viana, Penalva, São Vicente, Cajapió, Matinha, St. John the Baptist, St. Benedict , Pindaré Bacuri and Apicum-Acu. The Cazumba performs regularly in some groups of ox of St. Louis, especially in his ox Forest Melonio Apollonius and others. Currently this character has enough popularity. The masks are not present exclusively in Cazumba the Bumba-meu-boi. There are other faces in demonstrations Maranhão, especially folk jokingly called Epiphany of grimace held to save the Holy Kings during the Christmas festivities in the region around the city of Caxias, in south central state. The faces here are made with cloth, paper mache and animal carcasses. Carnival in Maranhão are also important masks carnival costumes, among which stands out the Chubby and figures used in less common today as the bear, the devil and other. The mask is usually made usually Fofão paper marche, especially his nose which is quite pointed, resembling a phallus, but it is also used rubber masks. Some indigenous groups in the state use in certain ritual masks made especially with plant products. It seems important to reflect a little on the aesthetic and symbolic meaning and origins on the face of today Cazumba attention and arouses interest in the Bumba-meu-boi Maranhão. One of the most popular and amazing fantastic loved the Brazilian forests. The curupira is represented by a dwarf, ruddy hair, feet in reverse, heels forward. The earliest mention of his name made her Venerable José de Anchieta, in São Vicente, on May 30, 1560: "It is something known and mouth of all runs that certain demons and the Brazils call Curupira, affecting the Indians often in the woods, give him blows, hurt us and kill us. testimonies that are our brothers, who sometimes saw the dead for them. therefore usually Indians leave certain path, which in rough brambles will have to inland, on the summit of the highest mountain when pass through here, bird feathers, shakers, arrows and the like, as a kind of offering, praying fervently to Curupiras not make them evil. " No other ghost Brazilian colonial determined propitiatory offering. Demon Forest, explainer of rumors mysterious disappearance of hunters, the forgotten paths, fears of sudden, unexplained, was slowly getting Curupira attributes and physical forms belonging to other entities threatening and lost in classical antiquity. Always with the feet turned backwards and prodigious physical strength, deceives hunters and travelers, making them lose track, transviando them into the forest, with whistles and false signals. Maranhão south to the Holy Spirit, his nickname is constant Caipora. Eduardo Galvão informs: "Currupira is a genius of the forest. Coops in the city or in its immediate vicinity there are currupiras. Inhabit more far, far into the woods. Town We believe in its existence, but it is not cause for concern because currupiras dislike very inhabited places. immensely They like smoke and drips. Tappers and planters leave these gifts that cross the tracks, in order to please them or at least distract them. In the woods, the screams long and jangling of Currupiras are often heard by Caboclo. mimic the human voice Also, a shout of call, to attract victims. The innocent who hears the cries and does not realize that it is a Currupira and approaches misses entirely the notion of direction. " The state of São Paulo, the law of September 11, 1970, signed by Governor Roberto de Abreu Sodré Costa, "Curupira establishing the state as a symbol of the guardian of the forests and the animals that live there." In the city of Olympia, in this state for thirty consecutive years are not signed any official documents during the week that occurs Folklore Festival in August, during which the municipal authority is represented by Curupira, exercising his power protecting the local population and visitors who attend there, birds, forests, etc.. Horto Florestal in the capital city is a monument to Curupira opened on Arbor Day, 21 setembro.o curupira has red hair and loves to take care of the forest. he and protedor the woods. "Mother waterline" is an entity of the Brazilian folklore of a fascinating beauty. Being a mermaid, bewitches men easily by having the upper half of his body in the shape of a beautiful and seductive woman. As for the lower body in the form of fish is not very noticeable, because it is submerged in water. So no one can resist her beautiful face and her sweet magical songs.   His power is so strong that just invite the men to go to their direction they go, believing experiencing an amazing experience with the lovely woman. However, the intentions of Iara are malignant and fatal, and what she really wants is to attract them to death. Are few who survive the mermaid spell and return the case can not have a normal life go crazy. Only one shaman or healer can heal them permanently. Legend has it that before becoming a mermaid, Iara was a beautiful Indian hardworking and courageous. Iara stood out among the rest, to be the best, and consequently aroused the envy of some of the tribe, especially that of his fellow men, who did not conform to such a situation. His father was a shaman and admired everything he did further contributing to the revolt of his brothers. Taken by envy and jealousy, the brothers decided to kill her Iara. One night when Iara lay in his bed, he heard his brothers entering his cabin with the intention of killing her. Quick and warrior, defended and eventually killing them. Realizing the gravity of the situation and fearful attitude of his father, Iara desperately fled through the woods. Iara's father made a relentless search for her daughter. Located-in, and as punishment for his act, was thrown against the Negro Solimões River. Fish brought the body to the surface of Iara that under the reflection of the full moon turned into a beautiful mermaid with long hair and green eyes. Since then Iara remains waters attracting men so irresistible and killing. It is believed that in each phase of the moon, Iara appear with different scales and loves to lie on sand banks in the river to play with the fish. Also according to legend, is seen combing her long hair with a golden comb, looking in the mirror of the waters. The legend of Iara is known in several regions and there are several reports of fishermen who tell stories of young people who gave in to the tempting siren charms and drowned passion.